Estudo e Explicação da Parábola dos Talentos na Bíblia

Por Tyago Rodrigues 12 Min de Leitura

Você provavelmente já ouviu falar da parábola dos talentos que Cristo ensinou no Novo Testamento da Bíblia: uma história sobre um mestre e seus três servos.

A parábola dos talentos fala sobre um governante rico que saiu por um longo período e concedeu certa quantidade de talentos a seus servos. 

Ele dá a cada servo uma soma diferente, de acordo com suas capacidades administrativas. Um recebe 5 talentos, outro recebe 2 e o último recebe 1.

Quando o governante retorna, ele descobre que o primeiro servo dobrou seus 5 talentos e agora tem 10, o segundo servo dobrou seus 2 talentos e agora tem 4, mas o último ocultou seu talento e nunca o usou. 

O governante recompensa os dois primeiros por seus esforços e castiga o terceiro por seu comportamento “perverso e preguiçoso”.

- Publicidade -
Estudo e Explicação da Parábola dos Talentos na Bíblia

6 lições que aprendemos com a parábola dos talentos

Nesta riquíssima parábola registrada em Mateus: 25: 14-30 observamos que o Senhor confia em seus servos.

O nosso Pai confia e entrega diariamente talentos em nossas mãos. Ei, o que você tem feito com os talentos que Deus te deu?

Observe que Deus conhece-nos muito bem, eu e você somos escolhidos e fazemos parte da geração eleita que há de trazer um grande avivamento para chegada do Principe da Paz.

Deus sabe do que você é capaz, e é Ele quem te capacita e te dá talentos para fazer até mesmo aquilo que você acha que não consegue.

Sem mais delongas, abaixo estão 5 lições que a Parábola dos Talentos pode nos ensinar sobre trabalho, sucesso e propósito:

- Publicidade -

1. A parábola dos talentos nos ensina que o sucesso é produto do nosso trabalho

No livro de Gênesis, vemos que Deus colocou Adão no jardim do éden para trabalhar e cuidar dele. Veja que desde o principio vemos que fomos criados para trabalhar. 

Como cristãos, temos uma missão que nosso Senhor espera que cumpramos aqui e agora.

Hoje em dia, muitos crentes vêem sua salvação simplesmente como uma “passagem de ônibus para o céu“. 

Eles acreditam que não importa o que façam enquanto “esperam o ônibus”. Porém a Parábola dos Talentos nos ensina o que devemos fazer enquanto aguardamos o retorno de nosso Rei.

Devemos trabalhar, usando nossos talentos para glorificar a Deus, servir ao bem comum e promover o reino dos céus. 

Deus nos concede circunstâncias, bens, virtudes, e até mesmo dons, opondo sobre eles o selo de Seu propósito, a saber, que os empreguemos para glorificar ao nome de Cristo.

Pode ser uma posição profissional; uma conjuntura social; uma condição econômica; um serviço designado na casa do Senhor; um talento inato.

De todos os casos acima temos exemplos bíblicos de pessoas que receberam “talentos” do Senhor.

O sucesso bíblico está trabalhando diligentemente no aqui e agora, usando todos os talentos que Deus nos deu para produzir o retorno esperado pelo Mestre.

2. Deus sempre nos dá o suficiente para fazer o que Ele nos chamou

Você já se perguntou quanto vale um talento nos reais de hoje? 

- Publicidade -

É difícil saber ao certo, mas, seja qual for o valor exato, no Novo Testamento, um talento indica uma grande quantia em dinheiro, talvez até um milhão de reais na moeda de hoje.

Somos tentados a sentir pena do criado que recebeu apenas 1 talento, mas, na realidade, ele recebeu até um milhão de reais do mestre e o enterrou em seu quintal. 

Concorde comigo que ele recebeu mais que o suficiente para atender às expectativas do seu senhor.

Assim como o mestre esperava que seus servos fizessem mais do que preservar passivamente o que lhes foi confiado, Deus espera que geremos um retorno usando nossos talentos para fins produtivos. 

3. A Parábola dos Talentos ensina que Deus trabalha conforme nossa capacidade administrativa

A parte mais esquecida dessa parábola é a segunda metade do versículo 15: o mestre dá a cada servo talentos: “…e a cada um de acordo com sua capacidade“. 

Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais pode ser colocada na presidência de uma grande empresa em crise com a finalidade de salvá-la.

Seria injusto colocar uma pessoa numa situação tão difícil sem que ela tenha a capacitação necessária. 

Da mesma forma Deus nos colocaria em situação muito complicada se confiasse a nós uma quantidade de talentos que não pudéssemos administrar com propriedade.

O mestre observou que o criado de 1 talento não era capaz de produzir tanto quanto o criado de 5 talentos.

Talvez você esteja se pensando: ‘Ah mais Deus só me deu 1 talento, se fossem 5 eu conseguiria multiplicar’.

- Publicidade -

Ei, o Pai te ama tanto que ele observa sua capacidade e jamais te da talentos a mais do que você pode administrar.

A verdade (que pode doer) é que se você não consegue multiplicar 1 quem dirá 5 talentos…

4. O servo mau, além de negligente, é perverso e não assume a sua culpa

Se não lermos atentamente essa parábola, poderemos até pensar que o servo inútil não aplicou o seu talento porque se sentiu inferior aos outros; ou porque realmente teve medo de perder o talento de seu senhor.

Algumas pessoas acabam até sentindo pena daquele servo. Porém isso está errado! Aquele servo não era inocente.

É possível notar claramente que aquele servo era mau e perverso. Nas contradições de suas palavras ele revelou uma natureza egoísta que foi incapaz de perceber a bondade de seu senhor.

Ele disse: “eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou”.

Essa afirmação do servo mau na verdade foi uma acusação contra o seu senhor. Com seu comportamento e sua declaração, ele estava acusando o proprietário de ser cruel e maldoso.

Quando ele diz que seu patrão “colhe onde não plantou”, ele está querendo dizer que seu senhor exige algo a qual não tem direito de exigir, pois quem não planta não deve colher.

Basicamente, em outras palavras ele está dizendo: “O senhor é cruel, e fiquei amedrontado. Não apliquei seu dinheiro e a culpa é totalmente sua”.

A verdade é que aquele senhor só teria sido injusto tentando colher onde não plantou, se ele não tivesse dado nenhum talento para aquele servo.

- Publicidade -

A verdade é que o servo incompetente não assume seus erros, ao contrário, ele busca apresentar desculpas.

5. A Parábola dos Talentos ensina que trabalhamos para o Mestre, não para nossos propósitos egoístas

O dinheiro que é dado aos servos não é deles. O dinheiro que ganham com o capital também não é deles. 

Os servos são apenas mordomos do investimento do mestre, e é a qualidade de sua mordomia que o mestre irá medir.

Devemos maximizar o uso de nossos talentos não para nossos próprios propósitos egoístas, mas para honrar a Deus

Sabemos que trabalhamos em um mundo caído. Por causa da maldição do pecado, portanto com certeza nosso trabalho será difícil. 

Mas devemos sentir satisfação e alegria ao fazer o nosso melhor com o que Deus nos deu.

Esse fato reforça o princípio da mordomia. Como crentes, todos nós recebemos recursos de acordo com nossas capacidades e habilidades, mas esses recursos pertencem a Deus. 

6. A Parábola dos Talentos nos revela como funcionam as oportunidades do Reino

A Parábola dos Talentos não é sobre salvação ou justiça de obras, mas sobre como devemos usar nossos talentos para cumprir nossos chamados terrenos.

O mordomo infiel nessa parábola não desperdiçou o dinheiro do mestre, mas ele desperdiçou uma oportunidade. Como resultado, ele foi julgado como perverso e preguiçoso. 

Então entenda que Deus só ira lhe dar novos talentos, novos projeto e oportunidades conforme seu desenvolvimento.

- Publicidade -

Você apenas será colocado no muito quando honrar a Deus no ‘pouco’!

Qual é o significado da parábola dos talentos para os dias de hoje? Palavras finais

Na parábola dos talentos, o homem rico representa Jesus. Depois que ressuscitou, ele deixou a terra mas confiou sua missão, sua autoridade e seus dons aos seus seguidores (Mateus 28:18-20).

Nosso trabalho, como seguidores de Jesus, é trabalhar para a glória de Deus, investindo tudo que recebemos dele.

Jesus dá tesouros a cada um de nós: Sua palavra, o Espírito Santo, amor… E com esses tesouros vem a responsabilidade de os administrar bem.

Jesus conhece nossas capacidades e não nos dá mais do que conseguimos administrar. A cada um ele distribui de acordo com suas habilidades (1 Coríntios 12:4-7).

Existem muitas pessoas que dizem crer em Jesus mas nem todos são verdadeiros seguidores. 

A fé sincera se revela nas atitudes e ações. Aqueles que creem em Jesus aproveitam o que ele lhes dá e usam tudo para expandir o reino de Deus.

Cada um faz o que consegue com os recursos que Deus lhe deu e Deus ajuda a multiplicar.

Os falsos seguidores são como o servo inútil. Eles não amam Jesus. Sua verdadeira motivação é o medo de um Deus severo.

Pensam que estão obedecendo a Deus mas não entendem a maravilhosa bênção do amor de Deus.

- Publicidade -

Como seu coração não é realmente dedicado a Deus, eles não aproveitam o que Deus lhes dá e trabalham de mau grado.

No fim dos tempos, quando Jesus voltar, ele fará distinção entre os verdadeiros e os falsos seguidores.

Ele recompensará os verdadeiros seguidores, que fizeram o que puderam segundo suas capacidades, com a glória do Céu.

Mas os falsos seguidores, que mostraram por suas ações que não foram transformados por Jesus, serão castigados com o fogo do inferno.

Compartilhe Este Artigo
Follow:
Me chamo Tyago Rodrigues e sou totalmente apaixonado pelo reino de Deus e sua obra! O que queima em meu coração? Levar o Evangelho libertador às pessoas, através do ensino da Palavra de Deus, e é isso que tenho feito!
10 Comentários