Você provavelmente já ouviu falar da parábola dos talentos que Cristo ensinou no Novo Testamento da Bíblia: uma história sobre um mestre e seus três servos.
A parábola dos talentos fala sobre um governante rico que saiu por um longo período e concedeu certa quantidade de talentos a seus servos.
Ele dá a cada servo uma soma diferente, de acordo com suas capacidades administrativas. Um recebe 5 talentos, outro recebe 2 e o último recebe 1.
Quando o governante retorna, ele descobre que o primeiro servo dobrou seus 5 talentos e agora tem 10, o segundo servo dobrou seus 2 talentos e agora tem 4, mas o último ocultou seu talento e nunca o usou.
O governante recompensa os dois primeiros por seus esforços e castiga o terceiro por seu comportamento “perverso e preguiçoso”.
6 lições que aprendemos com a parábola dos talentos
Nesta riquíssima parábola registrada em Mateus: 25: 14-30 observamos que o Senhor confia em seus servos.
O nosso Pai confia e entrega diariamente talentos em nossas mãos. Ei, o que você tem feito com os talentos que Deus te deu?
Observe que Deus conhece-nos muito bem, eu e você somos escolhidos e fazemos parte da geração eleita que há de trazer um grande avivamento para chegada do Principe da Paz.
Deus sabe do que você é capaz, e é Ele quem te capacita e te dá talentos para fazer até mesmo aquilo que você acha que não consegue.
Sem mais delongas, abaixo estão 5 lições que a Parábola dos Talentos pode nos ensinar sobre trabalho, sucesso e propósito:
1. A parábola dos talentos nos ensina que o sucesso é produto do nosso trabalho
No livro de Gênesis, vemos que Deus colocou Adão no jardim do éden para trabalhar e cuidar dele. Veja que desde o principio vemos que fomos criados para trabalhar.
Como cristãos, temos uma missão que nosso Senhor espera que cumpramos aqui e agora.
Hoje em dia, muitos crentes vêem sua salvação simplesmente como uma “passagem de ônibus para o céu“.
Eles acreditam que não importa o que façam enquanto “esperam o ônibus”. Porém a Parábola dos Talentos nos ensina o que devemos fazer enquanto aguardamos o retorno de nosso Rei.
Devemos trabalhar, usando nossos talentos para glorificar a Deus, servir ao bem comum e promover o reino dos céus.
Deus nos concede circunstâncias, bens, virtudes, e até mesmo dons, opondo sobre eles o selo de Seu propósito, a saber, que os empreguemos para glorificar ao nome de Cristo.
Pode ser uma posição profissional; uma conjuntura social; uma condição econômica; um serviço designado na casa do Senhor; um talento inato.
De todos os casos acima temos exemplos bíblicos de pessoas que receberam “talentos” do Senhor.
O sucesso bíblico está trabalhando diligentemente no aqui e agora, usando todos os talentos que Deus nos deu para produzir o retorno esperado pelo Mestre.
2. Deus sempre nos dá o suficiente para fazer o que Ele nos chamou
Você já se perguntou quanto vale um talento nos reais de hoje?
É difícil saber ao certo, mas, seja qual for o valor exato, no Novo Testamento, um talento indica uma grande quantia em dinheiro, talvez até um milhão de reais na moeda de hoje.
Somos tentados a sentir pena do criado que recebeu apenas 1 talento, mas, na realidade, ele recebeu até um milhão de reais do mestre e o enterrou em seu quintal.
Concorde comigo que ele recebeu mais que o suficiente para atender às expectativas do seu senhor.
Assim como o mestre esperava que seus servos fizessem mais do que preservar passivamente o que lhes foi confiado, Deus espera que geremos um retorno usando nossos talentos para fins produtivos.
3. A Parábola dos Talentos ensina que Deus trabalha conforme nossa capacidade administrativa
A parte mais esquecida dessa parábola é a segunda metade do versículo 15: o mestre dá a cada servo talentos: “…e a cada um de acordo com sua capacidade“.
Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais pode ser colocada na presidência de uma grande empresa em crise com a finalidade de salvá-la.
Seria injusto colocar uma pessoa numa situação tão difícil sem que ela tenha a capacitação necessária.
Da mesma forma Deus nos colocaria em situação muito complicada se confiasse a nós uma quantidade de talentos que não pudéssemos administrar com propriedade.
O mestre observou que o criado de 1 talento não era capaz de produzir tanto quanto o criado de 5 talentos.
Talvez você esteja se pensando: ‘Ah mais Deus só me deu 1 talento, se fossem 5 eu conseguiria multiplicar’.
Ei, o Pai te ama tanto que ele observa sua capacidade e jamais te da talentos a mais do que você pode administrar.
A verdade (que pode doer) é que se você não consegue multiplicar 1 quem dirá 5 talentos…
4. O servo mau, além de negligente, é perverso e não assume a sua culpa
Se não lermos atentamente essa parábola, poderemos até pensar que o servo inútil não aplicou o seu talento porque se sentiu inferior aos outros; ou porque realmente teve medo de perder o talento de seu senhor.
Algumas pessoas acabam até sentindo pena daquele servo. Porém isso está errado! Aquele servo não era inocente.
É possível notar claramente que aquele servo era mau e perverso. Nas contradições de suas palavras ele revelou uma natureza egoísta que foi incapaz de perceber a bondade de seu senhor.
Ele disse: “eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou”.
Essa afirmação do servo mau na verdade foi uma acusação contra o seu senhor. Com seu comportamento e sua declaração, ele estava acusando o proprietário de ser cruel e maldoso.
Quando ele diz que seu patrão “colhe onde não plantou”, ele está querendo dizer que seu senhor exige algo a qual não tem direito de exigir, pois quem não planta não deve colher.
Basicamente, em outras palavras ele está dizendo: “O senhor é cruel, e fiquei amedrontado. Não apliquei seu dinheiro e a culpa é totalmente sua”.
A verdade é que aquele senhor só teria sido injusto tentando colher onde não plantou, se ele não tivesse dado nenhum talento para aquele servo.
A verdade é que o servo incompetente não assume seus erros, ao contrário, ele busca apresentar desculpas.
5. A Parábola dos Talentos ensina que trabalhamos para o Mestre, não para nossos propósitos egoístas
O dinheiro que é dado aos servos não é deles. O dinheiro que ganham com o capital também não é deles.
Os servos são apenas mordomos do investimento do mestre, e é a qualidade de sua mordomia que o mestre irá medir.
Devemos maximizar o uso de nossos talentos não para nossos próprios propósitos egoístas, mas para honrar a Deus.
Sabemos que trabalhamos em um mundo caído. Por causa da maldição do pecado, portanto com certeza nosso trabalho será difícil.
Mas devemos sentir satisfação e alegria ao fazer o nosso melhor com o que Deus nos deu.
Esse fato reforça o princípio da mordomia. Como crentes, todos nós recebemos recursos de acordo com nossas capacidades e habilidades, mas esses recursos pertencem a Deus.
6. A Parábola dos Talentos nos revela como funcionam as oportunidades do Reino
A Parábola dos Talentos não é sobre salvação ou justiça de obras, mas sobre como devemos usar nossos talentos para cumprir nossos chamados terrenos.
O mordomo infiel nessa parábola não desperdiçou o dinheiro do mestre, mas ele desperdiçou uma oportunidade. Como resultado, ele foi julgado como perverso e preguiçoso.
Então entenda que Deus só ira lhe dar novos talentos, novos projeto e oportunidades conforme seu desenvolvimento.
Você apenas será colocado no muito quando honrar a Deus no ‘pouco’!
Qual é o significado da parábola dos talentos para os dias de hoje? Palavras finais
Na parábola dos talentos, o homem rico representa Jesus. Depois que ressuscitou, ele deixou a terra mas confiou sua missão, sua autoridade e seus dons aos seus seguidores (Mateus 28:18-20).
Nosso trabalho, como seguidores de Jesus, é trabalhar para a glória de Deus, investindo tudo que recebemos dele.
Jesus dá tesouros a cada um de nós: Sua palavra, o Espírito Santo, amor… E com esses tesouros vem a responsabilidade de os administrar bem.
Jesus conhece nossas capacidades e não nos dá mais do que conseguimos administrar. A cada um ele distribui de acordo com suas habilidades (1 Coríntios 12:4-7).
Existem muitas pessoas que dizem crer em Jesus mas nem todos são verdadeiros seguidores.
A fé sincera se revela nas atitudes e ações. Aqueles que creem em Jesus aproveitam o que ele lhes dá e usam tudo para expandir o reino de Deus.
Cada um faz o que consegue com os recursos que Deus lhe deu e Deus ajuda a multiplicar.
Os falsos seguidores são como o servo inútil. Eles não amam Jesus. Sua verdadeira motivação é o medo de um Deus severo.
Pensam que estão obedecendo a Deus mas não entendem a maravilhosa bênção do amor de Deus.
Como seu coração não é realmente dedicado a Deus, eles não aproveitam o que Deus lhes dá e trabalham de mau grado.
No fim dos tempos, quando Jesus voltar, ele fará distinção entre os verdadeiros e os falsos seguidores.
Ele recompensará os verdadeiros seguidores, que fizeram o que puderam segundo suas capacidades, com a glória do Céu.
Mas os falsos seguidores, que mostraram por suas ações que não foram transformados por Jesus, serão castigados com o fogo do inferno.
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10 Comentários
4 – O servo mau não é só negligente e perverso. Ele é acima de tudo um dissimulado que pensa enganar seus semelhantes e a DEUS, numa vã tentativa de obter indulto ou a salvação almejada. Ledo engano.
Exatamente.
A maior fortuna que DEUS concede a cada um de seus seguidores, chama-se consciência limpa, que leva o seguidor a admitir erros e possíveis acertos, deixando a “nota final” e o jugo a mercê do de DEUS. Certamente, os que erram involuntariamente terão penas mais tênues, ao passo que os voluntários sentirão o “valor da frigideira”.
Muito bom argumento Marco.
Glória a Deus! Realmente é esse entendimento que nós precisamos ter a respeito da parábola dos talentos.????????????
Essa palavra é maravilhosa e verdadeira!
Gostei muito meu irmão da parte de Deus e do Senhor Jesus Cristo,
Pois eu ainda não tinha entendido muito bem essa parábola, mas mesmo assim eu ja falava do amor de Deus as pessoas,
Gloria a Deus, que esse fogo seja permanente em sua vida irmão Tiago.
Glória a Deus! Aprendi muito com esse estudo bíblico! Deus lhe abençoe irmão Tyago!
Igualmente irmão, obrigado pela palavra de benção e comentario.