Hoje, iremos estudar profundamente um trecho inspirador das Escrituras, especificamente 2 Reis 5:1-15, aqui teremos um esboço de pregação fascinante sobre o orgulho e os 7 mergulhos de Naamã.
Sabemos que todos nós enfrentamos desafios em nossas vidas, muitas vezes acompanhados de sentimentos negativos como o orgulho.
Ao observar a passagem de Naamã podemos concluir que todos na vida querem ser favorecidos, querem ser prósperos, mas no reino de Deus primeiro é preciso descer para que Ele possa nos levantar e exaltar.

Esboço de Pregação sobre o Orgulho de Naamã
Tema: Os 7 Orgulhos x Os 7 Mergulhos de Naamã
Texto base: 2 Reis 5:1-15
Introdução do Esboço
O Problema:
Naamã era um homem poderoso, comandante do exército do rei da Síria, mas ele carregava um fardo pesado – a lepra.
Essa doença não apenas afetou sua saúde, mas também sua autoestima e posição na sociedade.
Muitos de nós também enfrentamos problemas que parecem insuperáveis, que nos deixam desanimados e perturbados.
Esses desafios podem assumir muitas formas, mas todos compartilham a capacidade de nos deixar aflitos.
A Solução:
Naamã ouviu falar de uma solução para seu problema por meio de uma jovem israelita.
A jovem mencionou o profeta Eliseu em Israel, afirmando que ele poderia curar Naamã.
Com fé, Naamã foi até Eliseu, que, em vez de realizar uma cerimônia grandiosa, simplesmente enviou um mensageiro para lhe dizer para mergulhar 7 vezes no rio Jordão.
No início, Naamã estava cético, mas depois de obedecer, ele foi totalmente curado!
Aqui, vemos uma lição profunda: muitas vezes, as soluções divinas para nossos problemas podem parecer simples, até mesmo humildes.
Alias cada um dos 7 mergulhos de Naamã representam 7 orgulhos específicos que precisaram ficar nas águas antes da cura divina se manifestar.

I. Orgulho da Posição Social
Naamã era um comandante poderoso, mas ele teve que deixar de lado seu orgulho associado à sua alta posição social.
Ele, como comandante do exército, certamente tinha muito do que se orgulhar.
Suas vitórias militares, suas conquistas e suas medalhas eram testemunhos visíveis de sua habilidade e força.
No entanto, Naamã teve que aprender a ser humilde diante de Deus quando enfrentou a lepra, uma doença que nenhuma de suas habilidades militares podia curar.
Aliás, a cura divina não se baseia em nossa posição na sociedade, mas na nossa humildade diante de Deus.
II. Orgulho quanto a sua origem e nacionalidade
Naamã era sírio, enquanto o profeta Eliseu era israelita.
Na época, havia tensões e rivalidades entre as nações, os sírios e israelitas não se relacionavam de maneira amigável.
No entanto, Naamã teve que superar o orgulho de sua nacionalidade para buscar ajuda em uma terra estrangeira.
Isso nos ensina que, muitas vezes, nosso orgulho de nossa nacionalidade, religião ou origem é um obstáculo para que a obra de Deus se realize em nossas vidas.
Lembre-se de que, Deus não faz acepção de pessoas com base em sua ‘origem’.
O apóstolo Paulo escreve em Gálatas 3:28:
“Não há judeu nem grego, nem escravo e nem livre, homem e nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.”
Isso significa que, aos olhos de Deus, nossa identidade em Cristo supera qualquer tipo de nacionalidade terrena.
Portanto, devemos lembrar que somos todos parte do mesmo Corpo de Cristo, independentemente de onde viemos.
III. O orgulho de ter que ouvir pessoas que estão em posições mais baixas
Naamã precisou acatar os conselhos de uma serva que ele mesmo capturou.
Essa jovem era uma mera prisioneira, uma pessoa que, na sociedade da época, tinha uma posição muito inferior à de Naamã.
O fato de Naamã ter que ouvir o conselho de uma cativa é um poderoso exemplo de como Deus muitas vezes usa pessoas aparentemente insignificantes para transmitir Sua sabedoria e orientação.
Isso nos ensina que a sabedoria e a orientação podem vir de lugares inesperados.
Às vezes, desconsideramos os conselhos daqueles que consideramos menos importantes ou menos experientes do que nós.
No entanto, Deus pode usar até mesmo os “pequenos” e “inexperientes” para nos guiar em Seu caminho.
IV. Orgulho da Autoconfiança
Naamã era um homem de grande autoconfiança e autoestima. No entanto, ao enfrentar a lepra, sua autoconfiança foi abalada profundamente.
Essa passagem nos ensina que, às vezes, confiamos demais em nossas próprias habilidades e recursos.
Essa autoconfiança pode nos levar a acreditar que somos capazes de resolver todos os nossos problemas por conta própria, sem a necessidade de Deus.
No entanto, quando enfrentamos desafios insuperáveis, como Naamã com sua lepra, percebemos nossa própria impotência.
O orgulho da autoconfiança deve ser substituído pela humildade de reconhecer nossa dependência de Deus.
Provérbios 3:5-6 nos exorta a “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.”
Naamã teve que deixar de lado sua autoconfiança e seguir as instruções simples do profeta Eliseu para mergulhar 7 vezes no rio Jordão.
Ao fazer isso, ele reconheceu que a verdadeira cura e libertação vêm de Deus e não de suas próprias forças.
V. Orgulho do Próprio Mérito
Naamã deve ter acreditado que merecia oração ou uma cura especial devido à sua posição. No entanto, a graça de Deus não pode ser conquistada por méritos próprios; ela é um presente.
Esse orgulho do próprio mérito é uma armadilha que muitos de nós enfrentamos.
Mas Naamã só obteve a cura após abandonar seu orgulho do próprio mérito e reconhecer sua necessidade de ajuda divina.
VI. Orgulho da Independência
Naamã era uma figura de autoridade e independência. Ele estava acostumado a dar ordens e a depender apenas de suas próprias decisões.
No entanto, quando confrontado com a lepra, ele teve que deixar de lado seu orgulho da independência.
Essa é uma lição crucial que todos nós podemos aprender. Às vezes, nosso orgulho da independência nos impede de depender totalmente de Deus.
Naamã teve que depender das instruções do profeta Eliseu e da providência divina para sua cura.
Ele precisou abrir mão de sua independência e reconhecer que Deus tinha o controle de sua situação.
VII. Orgulho da Dúvida
Quando Naamã ouviu pela primeira vez as instruções simples do profeta Eliseu para se banhar sete vezes no rio Jordão, ele duvidou.
Ele questionou a simplicidade do plano de Deus, permitindo que o orgulho da dúvida o impedisse de obedecer prontamente.
Esse orgulho da dúvida é algo com o qual muitos de nós lutam em nossa jornada de fé.
Às vezes, duvidamos das promessas e instruções de Deus, pensando que nossa própria compreensão é superior.
No entanto, a dúvida pode nos impedir de experimentar plenamente as bênçãos e a orientação divina.

Conclusão do Esboço: os 7 Orgulhos de Naamã
Quero concluir lembrando que antes de Naamã ser restaurado, ele passou por um processo 7 mergulhos no rio Jordão.
- Primeiro mergulho: Passou a confiar em Deus e não em sua posição social.
- Segundo mergulho: Entendeu que o reino de Deus independe de nacionalidade, origem ou de qualquer tipo de grupo social.
- Terceiro mergulho: Aprendeu a aceitar conselhos de toda e qualquer pessoa.
- Quarto mergulho: Substituiu sua autoconfiança pela dependência de Deus.
- Quinto mergulho: Entendeu que a graça de Deus não é movida por mérito e sim pelo amor do Pai.
- Sexto mergulho: Deixou de crer meramente em sua falsa independência.
- Sétimo mergulho: Passou a parar de duvidar e questionar as coisas de Deus.
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