A bênção apostólica é um elemento importante dentro da igreja de Cristo, representando uma poderosa demonstração de favor e proteção divina sobre os fiéis.
No entanto, a igreja precisa entender que a bênção apostólica não é apenas uma repetição de palavras ou um ato cerimonial.
Neste artigo, vamos explorar o significado da benção apostólica, suas origens na Bíblia e como ela é praticada na igreja evangélica.
Além disso, discutiremos se é bíblico conceder a benção apostólica no final do culto e quem possui a autoridade para realizá-la.

Qual o significado da Bênção Apostólica?
A bênção apostólica, também conhecida como bênção trinitariana, basicamente significa e representa o desejo fervoroso de que o Deus Triuno abençoe os seus redimidos, capacitando-os com as virtudes do amor, graça e comunhão.
Porém, essa bênção não é apenas uma simples aspiração, sujeita a ‘acontecer ou não’, mas sim uma promessa que se concretiza na vida daqueles que genuinamente creem em Cristo.
Aliás, a bênção apostólica é uma invocação especial de proteção, prosperidade e favor divino.
Ela é concedida aos crentes como uma expressão do cuidado e amor de Deus por seu povo.
Onde Encontro a Bênção Apostólica na Bíblia?
A prática da bênção apostólica tem suas raízes na Bíblia.
Na verdade, desde o Antigo Testamento, encontramos exemplos de bênçãos sendo transmitidas de geração em geração por figuras patriarcais, como Moisés.
Benção Sacerdotal de Moisés no Antigo Testamento
Essa bênção pode ser encontrada no Livro de Números, capítulo 6, versículos 22 a 27, onde Deus instrui Moisés a abençoar o povo de Israel por meio dos sacerdotes:
“O Senhor disse a Moisés: “Diga a Arão e a seus filhos: Assim vocês abençoarão os israelitas; digam-lhes:
‘O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.'” (Números 6:22-27)
A “Bênção Sacerdotal” ou “Bênção do Senhor”, era uma prática sagrada e solene realizada pelos sacerdotes em ocasiões especiais.
Ela visava invocar a proteção, favor e graça de Deus sobre o povo de Israel.
Na tradição evangélica, a bênção sacerdotal continua a ser relevante como uma representação simbólica da bênção apostólica.
Embora a autoridade sacerdotal tenha sido transferida para Cristo, o Grande Sumo Sacerdote, a essência da bênção permanece como um símbolo do cuidado divino sobre os crentes.
Assim como a bênção sacerdotal, a bênção apostólica é pronunciada com amor e reverência, transmitindo a confiança de que Deus está presente na vida daqueles que a recebem.
Ela traz consigo a esperança de que a paz, a graça e a misericórdia de Deus permeiem a jornada espiritual de cada indivíduo.
Portanto, a bênção sacerdotal e a bênção apostólica compartilham uma profunda conexão, representando a continuidade da prática bíblica e a atuação do amor de Deus na vida daqueles que buscam Seu cuidado e orientação.
Onde encontro o versículo da Benção Apostólica no Novo Testamento
No Novo Testamento, o versículo que faz referência direta à Bênção Apostólica pode ser encontrado em 2 Coríntios 13:14.
Esse versículo também é conhecido como a “Bênção de Paulo”, pois é uma das passagens em que o apóstolo Paulo expressa uma bênção especial aos leitores de suas epístolas:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Coríntios 13:14)
Essa passagem é considerada uma bênção apostólica porque vem de um apóstolo reconhecido dentro do cristianismo primitivo.
Ela é frequentemente usada em cultos e celebrações bíblicas para abençoar a congregação e transmitir a graça, o amor e a comunhão divina aos crentes.

A presença da Trindade tanto na Benção Sacerdotal como na Apostólica
Na bênção sacerdotal o nome do Senhor aparece três vezes:
- O Senhor te abençoe e te guarde;
- O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
- O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz.
Esse número três é característica da revelação que seria dada no Novo Testamento, que era a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Quero afirmar que: na bênção sacerdotal a Trindade já existia, porém estava em oculto, sob o nome Senhor.
Quando a bênção apostólica é ministrada no final dos cultos é o nome da Trindade que está sendo colocado sobre a Igreja, é em nome dela que a bênção está sendo dada. São elas:
I. A Graça: O Favor Imerecido de Jesus
Na ‘antiga’ bênção sacerdotal, proferia-se: “O Senhor te abençoe e te guarde.”
Quando o Senhor declara sua bênção e proteção, refere-se a conceder favores essenciais relacionados à saúde, à família, à situação financeira e a todas as necessidades do seu povo.
Tudo isso representa favores imerecidos, ou seja, a graça do Senhor sobre nós.
Na bênção apostólica, declara-se: “A graça do Senhor Jesus Cristo.“
Quando a bênção apostólica é ministrada, ocorre uma operação semelhante àquela do Antigo Testamento.
II. A Misericórdia: O Amor do Pai
Na bênção sacerdotal era proferido: “O Senhor faça brilhar o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti.”
Já na bênção apostólica é dito: “E o amor de Deus.”
Ou seja, a revelação da misericórdia do Senhor encontra seu lugar no Novo Testamento, nos ensinamentos acerca do amor de Deus, do amor do Pai.
Portanto, a misericórdia de Deus Pai se concretiza em Jesus Cristo, o qual foi entregue em amor para a salvação do homem.
III. A Paz: A Comunhão do Espírito Santo
Na bênção sacerdotal era proferido: “O Senhor levante o Seu rosto sobre ti e te conceda a paz.”
Essa paz representa a harmonia do homem com Deus e com a Igreja. Na bênção apostólica é dito: “E a comunhão do Espírito Santo.”
Ou seja, a paz encontra sua plenitude na comunhão com o Espírito Santo. Pois é o Espírito Santo quem nos proporciona a paz do Senhor.
Como é a Bênção Apostólica é vista na Igreja Evangélica?
Na Igreja Evangélica, a bênção apostólica é vista como um ato solene e sagrado, realizado por um líder espiritual investido de autoridade apostólica.
Essa bênção é geralmente pronunciada no final de um culto e visa encorajar, fortalecer e proteger a congregação.

É Bíblico Dar a Bênção Apostólica ao Final do Culto da Igreja?
A questão de se é bíblico ou não dar a bênção apostólica ao final do culto é objeto de interpretações diversas entre as denominações evangélicas.
Algumas correntes teológicas consideram que apenas os apóstolos originais tinham a autoridade exclusiva para conceder a bênção apostólica, enquanto outras acreditam que líderes espirituais contemporâneos também podem transmitir essa bênção, desde que investidos de uma autoridade reconhecida pela comunidade de fiéis.
Como Dar a Bênção Apostólica na Igreja?
Para dar a bênção apostólica na igreja, é essencial que o líder espiritual tenha uma vida piedosa e um chamado reconhecido pela comunidade cristã.
O ato em si é bastante simples: geralmente envolve estender as mãos sobre a congregação ou indivíduos e proferir palavras de bênção, invocando a proteção e graça de Deus sobre suas vidas.
Quem Pode Dar Bênção Apostólica?
A capacidade de conceder a bênção apostólica varia de acordo com a estrutura eclesiástica de cada congregação.
Em algumas denominações, somente líderes reconhecidos como apóstolos têm essa autoridade, enquanto em outras, pastores e líderes espirituais consagrados também podem realizar esse ato.
Ou seja, a decisão é pautada pela interpretação teológica e governança da igreja específica.
Diácono pode dar bênção apostólica na igreja?
Algumas igrejas podem permitir que diáconos concedam bênçãos, enquanto outras podem reservar essa autoridade apenas para apóstolos, pastores ou líderes ministeriais.
O papel do diácono na igreja é geralmente associado a funções de assistência e serviço aos membros da congregação, como cuidar dos necessitados, auxiliar nos cultos e apoiar a liderança pastoral.
Embora os diáconos desempenhem um papel importante na vida da igreja, a prática de conceder a bênção apostólica ‘geralmente’ é restrita a líderes comissionados.
Mas, algumas igrejas podem ter uma visão mais inclusiva, permitindo que diáconos deem a bênção apostólica aos membros da igreja.
Palavras finais sobre a Benção Apostólica
É importante destacar mais uma vez que a bênção apostólica não deve ser encarada como um mero conjunto de palavras mágicas.
Pelo contrário, a profundidade da bênção trinitariana escrita pelo apóstolo Paulo vai muito além de qualquer interpretação supersticiosa.
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