O estudo do capítulo 35 do livro de Gênesis revela importantes acontecimentos na vida de Jacó, conhecido como Israel, e em sua família.
Neste capítulo, somos apresentados a eventos significativos que moldaram a história do povo de Israel, bem como mensagens e lições que ecoam até os dias atuais.
Neste artigo, vamos explorar a fundo o capítulo 35 de Gênesis, analisando seu contexto bíblico, os principais temas abordados, a mensagem transmitida e sua conexão com o Novo Testamento e Jesus Cristo.
Este estudo nos proporcionará uma compreensão mais profunda das Escrituras e nos desafiará a refletir sobre como aplicar esses ensinamentos em nossas vidas.
Resumo do que fala em Gênesis 35
Gênesis 35 relata a jornada de Jacó de volta a Betel, onde Deus renovou a aliança com ele e mudou seu nome para Israel.
Durante essa jornada, Raquel faleceu ao dar à luz a Benjamim, e Jacó teve que lidar com a perda de sua amada esposa.
O capítulo também apresenta a lista das doze tribos de Israel, destacando a continuidade da promessa de Deus a Jacó.
Principais temas citados em Gênesis 35
Em Gênesis 35, encontramos diversos temas importantes que permeiam a narrativa bíblica.
Esses temas incluem o cumprimento de promessas divinas, a importância da adoração a Deus, a renomeação de personagens bíblicos, a dor da perda e o nascimento de uma nova geração.
Cada um desses temas contribui para a riqueza e profundidade do relato presente neste capítulo.
Cumprimento de promessas divinas: Gênesis 35 destaca o cumprimento das promessas feitas por Deus a Jacó, incluindo a proteção divina durante os momentos de temor e incerteza.
Importância da adoração a Deus: A narrativa ressalta a importância da adoração a Deus, representada pela jornada de Jacó a Betel e pela construção de um altar para honrar o Senhor.
Renomeação de personagens bíblicos: Neste capítulo, observamos a renomeação de personagens bíblicos, simbolizando transformação e um novo propósito na vida deles.
Dor da perda: Gênesis 35 também aborda a dor da perda, especialmente com a morte de Raquel durante o parto de Benjamim, trazendo à tona a tristeza e o luto vivenciados pela família de Jacó.
Nascimento de uma nova geração: O nascimento de Benjamim é um tema central, representando a continuidade da linhagem de Jacó e o surgimento de uma nova geração dentro da narrativa bíblica.
Contexto Bíblico de Gênesis 35
Genesis 35 faz parte do livro do Gênesis, que é o primeiro livro da Bíblia e abrange um período histórico significativo desde a criação do mundo até a chegada dos filhos de Israel ao Egito.
O capítulo 35 está inserido na narrativa que segue a vida de Jacó, um dos patriarcas centrais do Antigo Testamento.
Para entender o contexto de Gênesis 35, é útil revisar o capítulo anterior (Gênesis 34), onde ocorre o trágico episódio envolvendo Diná, filha de Jacó, e os filhos de Siquém.
Após essa tragédia, Jacó recebe instruções divinas para mudar-se de Siquém para Betel e renovar sua aliança com Deus.
Esse movimento é central no capítulo 35 e simboliza uma purificação espiritual e uma renovação do compromisso de Jacó com Deus.
Neste capítulo, Jacó lidera sua família na jornada até Betel, onde Deus lhe aparece novamente e reafirma a mudança de nome de Jacó para Israel, um sinal de sua transformação espiritual e de sua nova identidade como líder da nação que levaria o nome de seus descendentes.
Jacó constrói um altar em Betel como símbolo desse compromisso renovado com Deus.
Além disso, neste capítulo, ocorrem várias outras narrativas, como a morte de Débora, a ama de Rebeca, e o nascimento de Benjamim, o último filho de Jacó e Raquel, que traz tanto alegria quanto tristeza para a família.
Esboço de Gênesis 35
1. O retorno de Jacó a Betel (Gênesis 35:1-8)
Após o incidente em Siquém, Deus instrui Jacó a ir para Betel, onde ele constrói um altar e purifica sua família e seus servos. Deus abençoa Jacó e renomeia-o como Israel.
2. A morte de Débora e o nascimento de Benjamim (Gênesis 35:8-20)
Durante a jornada de Betel, Débora, a ama de Raquel, morre e é enterrada sob um carvalho, que é chamado de Alom-Bacute.
Logo em seguida, Raquel dá à luz a Benjamim, mas morre no parto e é enterrada em Efrata (Belém).
3. A lista das doze tribos de Israel (Gênesis 35:23-26)
O capítulo lista os doze filhos de Jacó, que se tornarão as doze tribos de Israel, incluindo os filhos de Lia, Raquel, Bila e Zilpa.
4. A morte de Isaque (Gênesis 35:27-29)
Isaque, pai de Jacó, falece e é sepultado por seus filhos Esaú e Jacó.
Estudo e Explicação de Gênesis 35
Neste capítulo, encontramos um momento crucial na vida de Jacó e sua família, onde eles passam por uma jornada de purificação espiritual e renovação.
O capítulo começa com Deus instruindo Jacó a subir a Betel e construir um altar para adorá-Lo.
Jacó então ordena que sua família se livre de todos os ídolos estrangeiros e se purifiquem, simbolizando um novo começo espiritual.
Durante essa jornada, há também o nascimento de Benjamim e a trágica morte de Raquel, que acontece durante o parto.
O capítulo conclui com a lista das doze tribos de Israel, representando a continuidade da promessa de Deus a Jacó.
O chamado divino a Betel (Gênesis 35:1-15)
Após o episódio da morte de Esaú e da contenda com os habitantes de Siquém, Deus ordenou a Jacó que fosse a Betel e habitasse ali.
Jacó então instruiu sua família e todos os que estavam com ele a se livrarem dos deuses estranhos que estavam no meio deles, purificarem-se e mudarem as suas vestes.
Eles entregaram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham e as arrecadas que estavam em suas orelhas, e ele os enterrou debaixo do carvalho que está junto a Siquém.
Em seguida, prosseguiram o seu caminho, e o temor de Deus se estendeu sobre as cidades ao redor, de modo que não perseguiram os filhos de Jacó.
Assim, Jacó e todo o povo que estava com ele chegaram a Luz, que é Betel, na terra de Canaã.
Ele edificou ali um altar e chamou o lugar de El-Betel, porque ali Deus se lhe tinha revelado quando fugia de seu irmão Esaú.
Nesse lugar, Deus abençoou Jacó, renovando a promessa feita a Abraão e a Isaque.
Jacó então erigiu uma coluna de pedra em memória do lugar onde Deus lhe falara, e derramou uma libação sobre ela e sobre o altar.
Em resposta, Deus apareceu novamente a Jacó, abençoando-o e reafirmando a promessa de que ele se tornaria uma grande nação e teria a posse da terra dada a Abraão e Isaque.
Benjamim nasce, Raquel morre (Gênesis 35:16-22)
Neste trecho das Escrituras, somos apresentados a um momento de grande significado na vida de Jacó e sua família.
Durante a jornada de Jacó e sua família, Raquel entra em trabalho de parto e dá à luz seu segundo filho, Benjamim.
No entanto, o parto é extremamente difícil e Raquel morre ao dar à luz, deixando Jacó e seus filhos em profunda tristeza.
A morte de Raquel é um evento de grande impacto na história de Jacó, pois ela era amada por ele e a perda a deixa marcada na memória de todos.
O nascimento de Benjamim, por outro lado, traz uma nova vida para a família, mas é cercado por uma atmosfera de luto pela perda da mãe.
Esse acontecimento nos lembra da fragilidade da vida e das emoções intensas que acompanham tanto a alegria quanto a tristeza.
A dualidade entre a alegria do nascimento e a tristeza da perda é retratada de forma vívida neste relato bíblico, mostrando a complexidade das experiências humanas.
Lista das doze tribos de Israel (Gênesis 35:23-29)
No capítulo 35 de Gênesis, especificamente nos versículos de 23 a 29, é apresentada a lista das doze tribos de Israel, fruto das doze filiações de Jacó, que mais tarde seria chamado de Israel.
As tribos são fundamentais na história do povo de Israel e desempenham um papel significativo ao longo do Antigo Testamento.
As doze tribos de Israel são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
Cada uma dessas tribos representa uma parte importante da identidade e história do povo de Israel, e suas histórias e destinos são explorados ao longo das Escrituras.
Essa lista das doze tribos de Israel estabelece as bases para a formação e organização do povo de Israel, e é um elemento crucial para compreender a narrativa bíblica do Antigo Testamento.
Explicação do Versículo-chave de Gênesis 35
Um versículo-chave de Gênesis 35 é o versículo 2, onde Jacó recebe uma ordem de Deus para retornar à Betel e ali construir um altar:
“Então disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: ‘Livrem-se dos deuses estrangeiros que estão entre vocês, purifiquem-se e troquem suas roupas.”
Gênesis 35:2
Essa passagem é crucial porque marca um momento de renovação espiritual e reconciliação com Deus na vida de Jacó e sua família.
Antes desse ponto, Jacó e sua família estavam vivendo em Sucote, onde construíram tendas e se estabeleceram.
No entanto, essa mudança para Betel, o lugar onde Jacó teve um encontro pessoal com Deus anteriormente (Gênesis 28), é simbólica de um retorno ao compromisso espiritual.
O comando para “livrar-se dos deuses estrangeiros” representa uma renúncia aos ídolos e sistemas de crenças que haviam se infiltrado entre o povo de Jacó durante seu tempo em Sucote.
Isso mostra a importância da pureza espiritual e da devoção exclusiva a Deus.
Além disso, a ordem de “trocar suas roupas” pode ser interpretada como uma simbolização da mudança interior e exterior que acompanha o verdadeiro arrependimento e renovação espiritual.
Comentário Sobre O que aprendemos em Gênesis 35
O capítulo 35 de Gênesis nos traz importantes lições e reflexões sobre a jornada espiritual e as experiências de Jacó e sua família.
Neste capítulo, vemos a importância do retorno a Betel, a dor da perda de Raquel, a chegada de Benjamim e a consolidação das doze tribos de Israel.
A importância do retorno a Betel
Após um período de afastamento espiritual e material, Jacó recebe um chamado divino para retornar a Betel, o lugar onde teve um encontro marcante com Deus.
Essa experiência nos ensina sobre a importância de reconhecermos a necessidade de retornar à presença de Deus e renovar nossa aliança com Ele.
A dor da perda de Raquel
O relato da morte de Raquel nos lembra da realidade da dor e do luto que fazem parte da jornada humana.
A perda de entes queridos nos confronta com a finitude da vida e nos leva a buscar consolo e esperança naquele que é o Deus da vida e da consolação.
A chegada de Benjamim e a consolidação das doze tribos de Israel
O nascimento de Benjamim e a lista das doze tribos de Israel nos mostram como Deus cumpre suas promessas e como Ele está ativamente envolvido na formação e no destino do povo escolhido.
Esses eventos nos ensinam sobre a fidelidade de Deus e a importância da unidade e diversidade dentro do seu plano redentor.
Principais perguntas feitas sobre Gênesis 35
Gênesis 35 apresenta diversos eventos e situações que geram questionamentos e reflexões. Abaixo estão algumas das principais perguntas feitas sobre este capítulo bíblico:
Qual instrução específica Jacó deu à sua família antes de partir para Betel? (Gênesis 35:2)
Antes de partir para Betel, Jacó instruiu sua família a livrar-se dos deuses estrangeiros que estavam entre eles, purificar-se e mudar suas roupas (Gênesis 35:2).
Qual era a reação das cidades ao redor quando souberam que a família de Jacó estava partindo? (Gênesis 35:5)
As cidades ao redor ficaram com medo quando souberam que a família de Jacó estava partindo, e não os perseguiram (Gênesis 35:5).
Quem morreu logo após a chegada de Jacó a Betel? (Gênesis 35:8)
Débora, a ama de Rebeca, morreu logo após a chegada de Jacó a Betel (Gênesis 35:8).
Onde Raquel foi enterrada? (Gênesis 35:19)
Raquel foi enterrada perto de Efrata, que é Belém (Gênesis 35:19).
O que Rúben fez que foi uma transgressão contra seu pai, Jacó? (Gênesis 35:22)
Rúben transgrediu contra seu pai, Jacó, ao deitar-se com Bila, concubina de Jacó (Gênesis 35:22).
Qual era a idade de Isaque quando ele morreu? (Gênesis 35:28)
Isaque tinha 180 anos quando morreu (Gênesis 35:28).
Quem enterrou Isaque após sua morte? (Gênesis 35:29)
Seus filhos, Esaú e Jacó, enterraram Isaque após sua morte (Gênesis 35:29).
O que significa o nome “Benoni” dado por Raquel, e por que Jacó mudou para “Benjamin”? (Gênesis 35:18)
“Benoni”, dado por Raquel, significa “filho da minha dor”, mas Jacó mudou para “Benjamin”, que significa “filho da minha destra”, para evitar associar o filho com tristeza (Gênesis 35:18).
Qual é o significado do “poste de pedra” que Jacó erigiu em Betel? (Gênesis 35:14)
O “poste de pedra” que Jacó erigiu em Betel era um marco memorial para comemorar o lugar onde Deus lhe apareceu quando ele estava fugindo de Esaú (Gênesis 35:14).
Quem era a mãe de José? (Gênesis 35:24)
A mãe de José era Raquel (Gênesis 35:24).
Por que Deus disse a Jacó para se levantar e subir a Betel? (Gênesis 35:1)
Deus disse a Jacó para se levantar e subir a Betel porque Ele queria renovar a aliança com Jacó e abençoá-lo (Gênesis 35:1).
Qual é o significado do nome El-Betel? (Gênesis 35:7)
“El-Betel” significa “Deus de Betel”, refletindo a confirmação de Deus da mudança de nome de Jacó para Israel e sua bênção sobre ele no lugar onde Ele apareceu a Jacó pela primeira vez (Gênesis 35:7).
Comentário e Reflexão Final Sobre Gênesis 35
Após analisar minuciosamente o capítulo 35 de Gênesis, podemos observar que este capítulo não apenas narra eventos importantes na vida de Jacó e sua família, mas também nos oferece lições valiosas que podem ser aplicadas em nossas próprias vidas.
A jornada de Jacó e sua família, marcada por momentos de alegria, tristeza, arrependimento e reconciliação, nos proporciona insights significativos sobre a natureza humana e a fidelidade de Deus.
Arrependimento e Renovação: O capítulo 35 inicia com o chamado divino a Betel, onde Jacó e sua família são instruídos a purificar-se e a renovar seu compromisso com o Senhor.
Este episódio nos lembra da importância do arrependimento e da busca pela renovação espiritual em nossas vidas.
Assim como Jacó e sua família, somos desafiados a examinar nossos corações, abandonar práticas prejudiciais e buscar a restauração em Deus.
Perdas e Consolação: A narrativa também aborda a perda de Raquel durante o parto de Benjamim, evidenciando a realidade da dor e do luto na jornada humana.
No entanto, mesmo em meio à tristeza, vemos a consolação divina e a presença de Deus que conforta e fortalece seu povo em tempos de aflição.
Este aspecto nos leva a refletir sobre a importância de confiar na providência e no consolo de Deus, mesmo diante das perdas e dificuldades que enfrentamos.
Reconciliação e Unidade: O capítulo 35 também apresenta a lista das doze tribos de Israel, simbolizando a unidade e a diversidade do povo escolhido por Deus.
Este episódio nos leva a considerar a importância da reconciliação e da unidade dentro da comunidade de fé, bem como a valorização da diversidade de dons e chamados.
A jornada de Jacó e sua família nos inspira a buscar a paz e a harmonia, promovendo a unidade em meio às diferenças.
Ligação de Gênesis 35 com o Novo Testamento e Jesus Cristo
A ligação de Gênesis 35 com o Novo Testamento e Jesus Cristo pode ser observada em diversos aspectos, mostrando a continuidade e o cumprimento das promessas divinas ao longo da história bíblica.
1. Cumprimento das promessas: Assim como em Gênesis 35, o Novo Testamento mostra o cumprimento das promessas feitas por Deus ao seu povo.
Em Gênesis 35, vemos o cumprimento da promessa feita a Jacó em Betel, e no Novo Testamento, vemos o cumprimento das promessas messiânicas em Jesus Cristo.
2. O papel de Betel: Betel é um local significativo tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Em Gênesis 35, Betel é o lugar onde Deus renovou a aliança com Jacó, e no Novo Testamento, vemos Jesus como o cumprimento da aliança de Deus com a humanidade.
3. A descendência de Jacó: A lista das doze tribos de Israel em Gênesis 35 estabelece a base para a história do povo de Deus, que encontra continuidade no Novo Testamento, onde vemos Jesus como descendente de Judá, uma das tribos de Israel.
4. O sacrifício e a redenção: A morte de Raquel em Gênesis 35 e o nascimento de Benjamim apontam para temas de sacrifício e redenção que encontram seu cumprimento em Jesus Cristo, que veio para trazer a redenção e a vida eterna.
Interessado em explorar mais a fundo o livro de Gênesis? Confira também nossos estudos sobre Genesis 34 e Genesis 36 para uma compreensão mais completa da narrativa.
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